sábado, 20 de julho de 2013

Apenas mais uma de amor 4

“Vamos fazer um brinde às noites mal dormidas porque eu estava o tempo todo pensando em você. Aos lugares que eu fui, somente por saber que você estaria lá. À fantasia que eu criei na minha cabeça, mas você acabou fazendo tudo exatamente ao contrário, fazendo eu chegar à conclusão de que tudo está sendo bem melhor desse jeito, do que de como eu desejava. Um brinde às suas piadas sem a mínima graça e nexo, que por esse mesmo motivo me fazem dar gargalhadas. Às vezes em que eu fiquei fazendo combinações com os nossos sobrenomes. Àquele dia em que nós brigamos e eu pensei que aquela seria a última vez em que nos falaríamos. Pelas marcas que você deixou em meu coração. Pelas cicatrizes que ainda permanecem lá. Ao seu jeito de não querer demonstrar o que sente. E às suas manias que tem de me irritar. Principalmente àquela que tem de fazer eu me apaixonar por você cada dia mais. Um brinde à maneira de como você entrou na minha vida tão de repente e à bagunçou de um jeito que nem mesmo se eu quisesse, ela voltaria a ser o que era antes. Às comédias românticas que me fazem lembrar da nossa história. À distância que por mínima que seja, consegue provar pra nós dois o quão fortes somos, por superarmos mais um obstáculo. Por me fazer rir descontroladamente quando o que você diz é uma verdade e eu não quero que você saiba. Por finalmente me fazer enxergar que os filmes românticos tem sentido. Vamos brindar à nossa imperfeição, que me encanta e me fascina por ser só nossa. Às falas e momentos que eu inventei e ainda invento dentro da minha cabeça antes de dormir. Ao dia em que eu pensei que nada, nem ninguém mudaria toda a minha frieza e o medo que sentia em depender do sorriso de alguém, mas que só acabou mudando por você ter aparecido. Aos textos em que a palavra “você” poderia ser substituída pelo seu nome. Aos dias em que a dor me corrói totalmente só de pensar em te perder. Mas um brinde principalmente, ao dia em que eu tive certeza de que estava perdidamente apaixonada por você .”

— Clarisse Lispector

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