segunda-feira, 29 de julho de 2013

Vai amor ai? II

Sobre a saudade

Não é uma questão de ter força ou não pra suportar a falta. Não é uma questão de superar a perda... Ou te acostumares com a ausência ou contornar os socos que a as lembranças, vivas, te dão, todos os dias. Não é questão de coisa nenhuma. Nem questão é. Nem resposta tão pouco... É uma história, uma passagem. Sem reticências... Nem extensa demais, nem curta. É. Ponto. E, triste, o ponto é final.
Tu te permites aceitar, receber o amor alheio... Que vem carinhoso, terno e te abraça. Te consola. Conforta. As mãos que se estendem diante do teu sofrer... Acalma. Acalenta. Assossega. Até dorme. Mas não passa. Nunca. É dentro. Tipo doença sem cura. Tem tratamento... Mas sempre volta.
É ficar à espreita... Dos dias de ida...
É esperar, um dia após outro, que tudo vá se calmando. Que a paz chegue... E que ela seja maior que essa ausência... Esse não estar mais...
A certeza de que aqueles pedaços teus não vão voltar pra casa... Que é irreversível, irremediável...
Não dá pra escrever sobre essas coisas definitivas...
Que independem de todo o resto... É única em todos os tons... Sons. E partes.
Sobre a saudade... Eu sei. Está bem aqui. Disfarçada no meu sorriso de todo dia. Escondida na vida que tem que ir adiante... Que segue. Contínua. Contante. Implacável.
Ela mora comigo. Choro até quando não sinto. Choro até quando não choro.

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