quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Pão e Poesia

Tempo, tempo, meu companheiro de jornada, cada vez mais raro e caro, eu te contemplo na intimidade dos sentimentos, na teimosia das vontades, na maturidade das cicatrizes, eu te contemplo e te cerco na tentativa inútil de reter-te entre os pequenos detalhes, por isso hei de guardá-lo para os momentos de contentamento, hei de gastá-lo com os dias de alegria, para os laços do afeto, o riso e a simplicidade da vida. Quero menos formalidade, menos coisas materiais. E nada de alimentar a tristeza ou qualquer sentimento que me pese. Hei de gastar-te, tempo, para o verbo viver. E viver bem.

Ana Luiza Fireman


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