sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
enquanto sonho
"Sozinha em meu quarto sinto o vento que entra pela janela tocar minha pele. Fecho os olhos na esperança de que ao passar por mim ele leve todos os suspiros e sonhos guardados. Suplico que carregue também teu cheiro, tua voz, teu sorriso, teu toque e toda ilusão que ingenuamente construí. De nada adianta: abro meus olhos e me dou conta de que não estás ao meu lado e que continuo aqui, tão cheia de tudo e tão vazia da tua presença. Sufoca perceber que estamos cada vez mais próximos e distantes ao mesmo tempo. Mas você não percebe, não é? Não sabe que sofro por cada minuto a menos que passo longe de ti, dos teus braços, dos teus lábios... Não seria clichê dizer que abriria mão dos meus últimos segundos de respiração para estar em teus braços pelo menos mais uma vez. Sinceramente, nem sei o que é amor, mas me assusta constatar que as sensações que tens despertado em mim se aproximam cada vez mais de todas as descrições e fantasias relacionadas a esse desconhecido. Sinto que sou cada vez mais tua e não entendo o porquê do teu egoísmo ao não te dividir comigo. Não queria muito, um pedacinho do teu coração já seria o suficiente para me devolver a paz. Mas o teu silêncio me angustia e tuas palavras, sempre tão poucas, sequestram minha calma. E você realmente não percebe, não é... Então sigo aqui, fecho os olhos novamente e dessa vez não quero fugir. Vou mantê-los cerrados para não perder nenhum instante do teu abraço enquanto sonho."
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