Recordo-me de um tempo em que acreditar em sonhos colocava sorriso nos lábios de quem assim ousasse.
Os olhares ternos, a linguagem mais pausada, os abraços que demoravam.
Andava na rua à noite observando o céu, as estrelas, a lua.
Chuva era banho bom, na minha rua, na sua.
Também era bolinho. Quando em tempo mais frio, ninguém ficava sozinho.
Tinha chá, bolo de fubá, uma forma toda diferente de amar.
Não tinha essa velocidade, a verdade era mais presente, o tempo, ausente.
As horas duravam mais. Nos dias, mais paz. Os amanhãs, mais demorados.
Os namorados eram mais sorridentes, os namoros, mais presentes, de alma, de coração.
Mas uma coisa ficou.
Uma mania, talvez.
Eu ainda acredito. Eu ainda insisto.
Dan Cezar
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