Crescemos, sem delongas, sem perguntas...
e porque os anos passam no calendário,
nossa pele, nosso cansaço e nosso caminhar
falam das coisas para as quais não há mais tempo,
essas ruas do passado que sussurram culpas,
apontam para minutos, horas e dias perdidos,
paisagens que não mereciam nossa visita,
passagens, que nos dizem sobre o que fizemos de nós...
esse envelhecimento que chega, ora quieto, ora barulhento,
chega e concede alguns perdões,
afinal, fomos o nosso possível,
implora para sermos o que somos, somente,
afinal, não há mais urgência em provar nada...
(Teresa Gouvea)
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