"Nesse mundo, as pessoas nunca se abandonam.
Elas nunca vão embora porque a gente não foi um bom menino. Ou porque a gente ficou com os braços tão fraquinhos que não consegue mais abraçar e estar perto.
Mesmo quando o outro vai embora, a gente não vai.
A gente fica e faz um jardim, qualquer coisa para ocupar o tempo, um banco de almofadas coloridas, e pede aos passarinhos para não sujarem ali porque aquele é o banco do nosso amor, do nosso grande amigo.
Para que ele saiba que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a não sei quantos anos, ele pode simplesmente voltar, sem mais explicações, para olhar o céu de mãos dadas."
Rita Apoena
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