segunda-feira, 15 de abril de 2013

banco

"Nesse mundo, as pessoas nunca se abandonam. 
Elas nunca vão embora porque a gente não foi um bom menino. Ou porque a gente ficou com os braços tão fraquinhos que não consegue mais abraçar e estar perto. 
Mesmo quando o outro vai embora, a gente não vai. 
A gente fica e faz um jardim, qualquer coisa para ocupar o tempo, um banco de almofadas coloridas, e pede aos passarinhos para não sujarem ali porque aquele é o banco do nosso amor, do nosso grande amigo. 
Para que ele saiba que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a não sei quantos anos, ele pode simplesmente voltar, sem mais explicações, para olhar o céu de mãos dadas." 

Rita Apoena


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