terça-feira, 17 de setembro de 2013

Vai, moça:

Morrer é particípio: tempo IDO
Viver é gerúndio: tempo INDO
É estar de passagem, a caminho, pé na estrada, movimento, vai e vem de trem, trilhos e trilhas 
Tudo escapa, tudo flui, tudo está em absoluta inconstância
Em irresoluta efervescência
Em combustão de ser
Então, moça, agarra de vez teu agora, que é a única concretude que há sob teus pés
Feito a água fugidia, que por uma fração de segundo se retém entre os dedos da tua mão
Vai, moça: agarra teu hoje e vai!

Ana Luiza Fireman


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