segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Pressa

"Esse jeito esquisito que Jesus tinha de
preferir os piores me faz pensar na beleza
dos avessos. Às vezes a gente, na pressa
de encontrar, não vê.

...
Quantas vezes na minha vida eu...

desprezei as pessoas porque eu
considerei o agora? É tão doído, né? A
gente ser visto somente a partir do
presente.
Quando as pessoas olham pra gente e só
enxergam aquilo que a gente tem no
momento. Isso é fascinante em Jesus.
Por isso Ele era capaz de preferir quem Ele
preferia. Porque Jesus não era um homem
que se prendia no presente…
Eu acredito - e acho interessante isso -
que os amantes nunca esgotam as
criaturas amadas. Porque o amor
sobrevive de futuro, né?
Ele consegue enxergar o que a gente
ainda não viu… A pessoa que ama
consegue enxergar o que o outro ainda
não é. Vê o avesso. Vê o contrário da
situação.
É tão bonito a gente pensar que a beleza
do tecido tem um sustento, uma trama
que está por trás de tudo isso.
Compreender as pessoas, amá-las, só é
possível a partir do momento que a gente
entra na trama do avesso.
Quando a gente não enxerga somente
aquilo que os olhos podem revelar, podem
conhecer, mas sobretudo aquilo que ainda
está oculto.
Deus nos ama assim. Porque consegue
enxergar o que a gente ainda não é, mas
o que a gente ainda pode ser.”

(Pe. Fábio de Melo)

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